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terça-feira, 17 de agosto de 2010

29 de agosto - Dia Nacional de Combate ao Fumo

Medidas que fazem a diferença
Algumas medidas que, se empregadas continuamente, podem ser muito úteis na luta contra o tabagismo:

  • Ambiente livre de tabaco é uma boa forma de proteger o fumante passivo da exposição. 
  • Educar a população para controlar a alta prevalência e os seus malefícios é uma medida fundamental a médio e longo prazo.
  • Esclarecimento freqüente na mídia, importante órgão de disseminação de informações e formador de opinião.
  • Disseminar nas Unidades Públicas de Saúde programas de educação e conscientização sobre os malefícios do cigarro.

Fumar aumenta em 60% o risco de infarto do miocárdio e em 30% o risco de desenvolver os mais diversos tipos de câncer localizados na boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, intestino, pâncreas, mama, traquéia, pulmão, rim, bexiga, útero, mieloma, leucemia, etc. Oitenta e sete por cento de todos os cânceres do pulmão estão relacionados ao tabagismo. Mulheres que fumam têm o dobro do risco de desenvolver câncer do colo uterino.


Outras doenças também estão associadas ao tabagismo, a saber: bronquite, enfisema, osteoporose, doença vascular periférica, aneurismas arteriais, derrame cerebral, envelhecimento precoce da pele, impotência, úlcera estomacal, aterosclerose, cáries, doença periodontal, cataratas, complicações na gravidez, etc. Ao parar de fumar o risco de ter essas doenças vai diminuindo gradativamente e o organismo do ex-fumante vai se restabelecendo.

O tabagismo é um fator de risco para mais de 50 doenças e é responsável pelo registro de cinco milhões de mortes que acontecem anualmente no mundo, sendo 200 mil no Brasil. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera o tabagismo como a segunda maior causa de mortes de fumantes ativos e a terceira de fumantes passivos. Caso as atuais tendências de expansão do seu consumo sejam mantidas, esses números aumentarão para 10 milhões de mortes anuais em todo o mundo, por volta do ano 2030, sendo metade delas em indivíduos em idade produtiva (entre 35 e 69 anos).

Por causa do cigarro 40% dos homens e 25% das mulheres morrem prematuramente.

Os fumantes passivos também sofrem os efeitos imediatos da poluição tabagística ambiental, tais como, irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, cefaléia, aumento de problemas alérgicos, principalmente das vias respiratórias e aumento dos problemas cardíacos, principalmente elevação da pressão arterial e angina (dor no peito). Outros efeitos a médio e longo prazo são a redução da capacidade funcional respiratória (o quanto o pulmão é capaz de exercer a sua função), aumento do risco de ter aterosclerose, maior incidência de câncer, aumento do número de infecções respiratórias em crianças e um risco 5 vezes maior de bebês fumantes passivos morrerem subitamente sem uma causa aparente (Síndrome da Morte Súbita Infantil).

Devemos considerar ainda que o tabagismo gera uma perda mundial de 200 bilhões de dólares por ano, sendo que a metade dela ocorre nos países em desenvolvimento. Este valor, calculado pelo Banco Mundial, é o resultado da soma de vários fatores, como o tratamento das doenças relacionadas ao tabaco, mortes de cidadãos em idade produtiva, maior índice de aposentadorias precoces, aumento no índice de faltas ao trabalho e menor rendimento produtivo.

Por tudo isto é que somos contra o tabagismo e parabenizamos a Câmara Municipal de Aracaju, na pessoa do seu Presidente Emmanuel Nascimento, e ao Prefeito Edvaldo Nogueira ao criarem e sancionarem a Lei Anti-Fumo em nossa cidade. Que esta feliz idéia contamine outros legisladores e se espalhe, proibindo definitivamente este mortal vício por todo o nosso Estado e por todo o Brasil.

Dr. William E. N. Soares

Médico cancerologista, Diretor do Instituto de Oncologia San Giovanni, Membro da Comissão Nacional de Combate ao Tabagismo da Associação Médica Brasileira , Membro da Academia Sergipana de Medicina e COMPANHEIRO LEÃO DO LC ARACAJU JARDINS

wsoares@sangiovanni.com.br
 

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